sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Cegueira Espiritual - HAITI E O VODU

Esse é um artigo um pouco antigo de forte impacto, pois envolve perigosamente o mundo espiritual e a ignorancia do povo que é levado por promessas falças e uma ilusão encima de um povo pobre espiritualmente. A realidade desse povo nos mostra uma face " oculta " e ao mesmo tempo descarada do catolicismo, onde a cegueira espiritual não deixa que a população veja tamanha aberração a que estão sugeitos.


1/5/2003 09:43:37
Haiti oficializa o Vudu

Por Redação com BBC - de Porto do Príncipe

O vudu foi oficializado no Haiti, com mesmo status de outras religiões praticadas no país. A decisão tomada recentemente pelo presidente Jean-Bertrand Aristide, que é católico, significa que cerimônias do ritual vudu, como casamentos, têm o mesmo valor das católicas. O vudu vem sendo praticado no Haiti desde o fim do século 18, e a mistura de deuses e deusas com santos católicos é parte integral da vida no país. Uma definição popular diz que 70% dos haitianos são católicos, 30% são protestantes e 100% seguem vudu. - Sempre fomos a maioria no Haiti e nunca foi ilegal a prática do vudu - disse Mambu Racine Sumbu, uma sacerdotisa americana que pratica o vudu no Haiti há 15 anos. - O que o presidente Aristide fez por nós, e somos muito gratos, foi tornar mais fácil a obtenção do status necessário para que as cerimônias religiosas tenham valor legalm - explicou, em entrevista à BBC. O vudu adquiriu má reputação internacional durante a ditadura do físico e praticante do vudu, François 'Papa Doc' Duvalier, e de seu filho, Jean Claude, também conhecido como 'Baby Doc'. 'Papa Doc' reclamava o "crédito" pela morte do presidente dos Estados Unidos John Kennedy, por ter jogado uma praga no americano. O ex-presidente americano Jimmy Carter condenou o regime de Duvalier por usar o vudu para reprimir o povo haitiano. A sacerdotisa Sumbu disse que o uso apropriado do vudu não tinha nada a ver com repressão. - Boa parte da imagem que as pessoas têm do Haiti está baseada em propaganda contra o vudu - disse ela. Segundo ela, mais de 90% da população pratica o vudu. - Esperamos agora obter fundos para criar nossas próprias escolas e hospitais. (A oficialização) foi o primeiro passo - observou. Para Leslie Griffiths, ex-diretor da Igreja Metodista Britânica e conhecido especialista em vudu, a decisão é bem-vinda. - Vudu faz parte do ar que os haitianos respiram. Ao contrário do que podem pensar fiéis ocidentais, não é de todo ruim - disse. - Há excessos cometidos em nome do vudu que todo mundo condena, incluindo alguns seguidores do vudu. Mas no geral, não é incomum para as pessoas freqüentarem tanto o mundo do vudu quanto o mundo do catolicismo - observou. Ele criticou a visão estereotipada do vudu como um tipo de culto de magia negra. - Francamente as pessoas devem se desiludir dessa visão de Hollywood - disse. - Pelo menos 95% do vudu é simplesmente invocar os espíritos para ajudar as pessoas a sobreviverem no que é, muitas vezes, uma vida muito difícil, e algumas vezes aplacar e acalmar o que é às vezes um deus muito distante. Para o especialista, a mística em torno do vudu existe porque a religião não era oficial. - Agora que receberam uma posição oficial, o quanto eles vão contribuir? Quais as atitudes sociais que vão desenvolver? - indagou.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Um breve estudo sobre Soberania

A Extensão da Soberania de Deus

por

Gordon Lyons


O governo ou domínio soberano de Deus é universal, absoluto e imutável (ou inalterável). Nós podemos sumarizar estes aspectos mais plenamente da seguinte forma:


1. Soberania Universal

A soberania de Deus é universal. Ela se estende sobre toda a sua criação; animada e inanimada e da mais alta forma de criatura vivente até a mais baixa. No reino das criaturas vivas, Deus exerce poder sobre anjos, humanidade e animais inferiores. Nenhum pardal cair sem a vontade de nosso Pai que está no céu.

Para este fim, o Senhor Jesus disse:

Mateus 10:29-31

Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados. Não temais, pois! Bem mais valeis vós do que muitos pardais. (Veja vv.16-33; cf. v.30 com Lucas 21:18)

Novamente, está escrito:

Salmo 103:19

O SENHOR tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo.

Daniel 4:17

Esta sentença é por decreto dos vigiadores, e esta ordem, por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens; e os dá a quem quer e até ao mais baixo dos homens constitui sobre eles.


2. Soberania Absoluta

A soberania de Deus é absoluta. Sua autoridade é perfeita em sua administração; ela é exercida a partir da sabedoria infinita de Deus, e é suprema na extensão de seu poder, glória e domínio. Nenhum limite pode, e nem será, posto no lugar da autoridade, poder ou controle soberano de Deus. No avanço de Seus propósitos e planos eternos, o SENHOR age como Lhe agrada com os habitantes dos céus e entre os moradores da terra. Nada em toda a criação é capaz de resistir à vontade de Deus, ou frustrar os Seus propósitos seja por meio de homens, super-homens, anjos, espíritos caídos ou maus, ou qualquer outra coisa.

Para este fim, a Escritura diz:

Isaías 14:24

Jurou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e, como determinei, assim se efetuará.

Daniel 4:34-35

Mas, ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu, e tornou-me a vir o meu entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. E todos os moradores da terra são reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão e lhe diga: Que fazes?. (Veja vv.19-37)

3. Soberania Imutável

A soberania de Deus é imutável, Ela permanece inalteravelmente a mesma durante todo o tempo, e sob todas as circunstâncias. O governo e domínio soberano de Deus não podem ser ignorados; ele não pode ser rejeitado, e não pode ser frustrado ou impedido pela humanidade ou por qualquer outra coisa na criação. O poder e domínio soberano de Deus amarram todas as criaturas tão completamente quanto as leis físicas amarram o universo material. O que Deus decretou ou pré-ordenou deve inevitavelmente acontecer. [2]

Assim, a Escritura declara:

Salmos 33:10-11

O SENHOR frustra os desígnios das nações e anula os intentos dos povos. O conselho do SENHOR dura para sempre; os desígnios do seu coração, por todas as gerações.


Isaías 14:26-27

Este é o desígnio que se formou concernente a toda a terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações. Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem, pois, o invalidará? A sua mão está estendida; quem, pois, a fará voltar atrás?

Atos 4:28

Para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer.

NOTAS:

[1] - Extraído de C. Hodge, Systematic Theology, Vol. 1 [Grand Rapids: Eerdmans, 1871, 1977 reprint], p. 440.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

U2 é uma banda Cristã?


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U2 é uma banda Cristã?

O U2 tem uma carreira admirável no rock ‘n’ roll, tipo de música notório por recompensar artistas que cantam sobre coisas mais simples do que o mundo em que vivemos e o lugar que nele ocupamos.

A banda – ou, em alguns casos, apenas Bono, seu homem de frente – já desempenhou o papel de pop star, pária, filho pródigo e proselitista. Porém, ao longo de seus 30 anos de carreira, a espiritualidade do U2 nunca rotulou sua música como rock cristão – estigma considerado medíocre no circuito comercial da música. O U2 vem mantendo primorosamente tanto seu lado espiritual como seu lado laico – em proporções que não limitariam seu alcance de público.

Greg Garret, professor da Baylor University e autor do livro “We Get to Carry Each Other: The Gospel According to U2” (Nós temos que nos apoiar: o evangelho segundo o U2), afirma que o rock cristão se tornou uma frase tóxica no pop por uma boa razão: “Temos a arte cristã, onde a arte é menos importante do que seu lado cristão. As crenças do U2 são filtradas em seu trabalho, mas nem por isso essa é a razão principal para que eles façam música”.

A reverenda Genevieve Razim, pastora associada da Palmer Memorial Episcopal Church, é quem diz: “Em minha posição episcopal, meu palpite sempre foi de que o moderno e o cristão podem ser compatíveis; e o U2 confirmou isso para mim. São inúmeras as mensagens na mídia de que ser cristão é o mesmo que ser rígido e intolerante, e eis que vem essa banda de rock fazendo perguntas importantes e expressando sua fé”.

Sendo assim, há anos o U2 vem fazendo canções sobre paz, justiça, espiritualidade e mistérios, e sua maneira de fazê-las revela uma inclinação ao que é elevado – seja o uso de salmos no início de sua carreira até sua visão panorâmica do mundo nos dias de hoje.

É importante ressaltar que o som do U2 tem muito a ver com seu sucesso de longa data. A banda Creed, por exemplo, é incessantemente criticada por fazer música copiada. A música do U2, porém, apesar de constantes mudanças, sempre foi imediatamente identificada como sendo única: seja a voz, os efeitos de guitarra ou a marcha militar da percussão. Como a música de Johnny Cash ou Nusrat Fateh Ali Khan, o som do U2, além de espiritual, é uma constante celebração (salvo algumas vezes em que mostra indignação), ao mesmo tempo em que atravessa limitações que alguns venham a encontrar em sua fé.

Fé particular

A arte de qualidade – seja ela religiosa ou não – deve ser imbuída de uma experiência reveladora para aqueles que a testemunham e a consomem.

Ainda assim, o U2 guarda uma relação tênue com o cristianismo. Os integrantes da banda são de uma época de sangrento conflito religioso em seu país de origem, a Irlanda. Três deles – Bono, o guitarrista The Edge e o baterista Larry Mullen Jr. – eram membros de uma comunidade cristã em Dublin que, segundo consta no livro de Garrett, os levou a acreditar que a vida no rock e a vida seguindo aquela fé não seriam compatíveis.

Garret questiona: “O que você faz quando é ferido pela instituição, mas ainda ama Deus?”

Uma reação é abandonar aquela instituição e começar sua própria. De certa forma, foi o que o U2 fez – apresentando ao público uma fé particular. A outra é tentar consertar a instituição já existente, que é o que Bono vem tentando fazer recentemente, proferindo palestras em igrejas por toda a América para estimular o auxílio à África.

Como é evidente no título de um dos maiores sucessos da banda, “I Still Haven’t Found What I’m Looking For” (eu ainda não encontrei o que eu procuro), ele se encontra em uma busca interior, o que pode ter um efeito profundo naqueles que igualmente buscam por algo espiritual – e isso, juntamente com sua música, poderia explicar o extenso poder de atração que o U2 desperta.

Ainda assim, ter certeza de que esse “algo” foi encontrado é anular esse “algo” enquanto fé. Garrett destaca: “Muitos americanos estão comprometidos com uma visão de fé como uma crença absoluta. São pessoas que ficam sentadas olhando para o relógio. E foi para essa tarefa que Bono convocou as igrejas americanas: este modelo de salvação que ignora o fato de que fomos colocados aqui por uma razão especial, além da salvação pessoal. E é isso o que ele tem de mais persuasivo a oferecer: a ideia de que estamos juntos nessa jornada, caímos e nos levantamos juntos, carregamos uns aos outros”.

A faixa título do último álbum da banda, No Line on the Horizon (nenhuma linha no hrizonte) – o álbum mais voltado para a espiritualidade desde os primórdios do U2 – parece ser prova disso. Existe a imagem em si, a ausência de uma linha, um destino final. A canção também trás duas frases que valem ser destacadas: “O infinito é um bom lugar para começar”, e “O tempo é irrelevante, não é linear”.

Razim acha isso parecido com a abertura do Mar Vermelho. “Para mim, é como Deus abrindo um caminho onde parecia não haver caminho algum”. É a visão abrangente do cosmo, e do que está além dele, que não combina bem com a idéia do céu como um final de partida vitorioso. Tanto é que Bono disse à revista evangélica Christianity Today: “Costumo achar que a religião obstrui o caminho de Deus”. E The Edge falou à Hot Press em 2002: “Ainda tenho uma vida espiritual, mas não sou muito fã da religião por si só”.

Turnê eclesiástica

A Christianity Today definiu a turnê de Bono pelas igrejas americanas para incentivar o auxílio à África como “uma experiência de igrejas que deixam Bono com uma eclesiologia tão frágil que mede a missão da igreja quase que exclusivamente em termos geográficos”.

Garrett, porém, vê progressos nos trabalhos não-musicais de Bono. “Acho que hoje em dia mais pessoas acreditam nesta ideia de que a igreja precisa ser mais responsiva às necessidades do mundo e menos focada na salvação pessoal – especialmente entre os cristãos jovens. Acho que eles estavam na linha de frente disso”.

A música da banda encontrou seu caminho nas igrejas americanas através do serviço eucarístico U2charists, que vêm sendo realizado nos últimos seis anos.

Razim supervisionou dois deles na Palmer Memorial Episcopal Church: na passagem do ano de 2008 e no feriado de Juneteenth em 2009 – ambos com capacidade máxima de lotação. Um próximo está programado para o réveillon de 2009. A música de U2 é cantada e o dinheiro é arrecadado para as Metas de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, condição imposta pela banda em troca de permitir que sua música seja veiculada sem royalties.

Ela diz que o U2charist é uma ação genuína, além de apoiar o envolvimento comunitário da igreja.

E, apesar de um relacionamento de certa forma tenso entre o U2 e qualquer organização religiosa em particular, Razim, assim como Garrett, vê afinidade na espiritualidade da banda. “Tem a ver com buscar, procurar”, disse ele. “A primeira vez que ouvi uma canção do U2 eu detectei isso. É uma jornada, com a fé se desenvolvendo e fazendo perguntas difíceis. Acho que a música deles confirma e fortalece isso, ela é uma verdadeira expressão de quem somos neste lugar e neste momento”.

Por Renato Cavallera

Fonte: IG Música / Gospel+
Via: Cristianismo Criativo

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mais uma pedra

Roqueiro diz que ama Deus, mas não quer se tornar um crente “celebridade”

Roqueiro fala de sua conversão: “eu não queria ir para o inferno”

Alice Cooper o pai do Shock Rock, estilo musical onde as atitudes grotescas feitas no palco horrorizaram pais por mais de trinta anos, contou como o medo do inferno o virou para Deus. Ele, que cantava sobre necrofilia e picotava bonecas durante seus concertos, declarou que, apesar de continuar a gravar e fazer turnês teatrais com shows de horror, "minha vida é dedicada a seguir Cristo".

Embora ele tenha se tornado um cristão nos anos 80, fora alguns pequenos comentários em algumas entrevistas, o cantor de 61 anos sempre foi resguardado em sua fé - até agora. Em uma entrevista franca com uma revista de música cristã, ele falou publicamente pela primeira vez sobre seu amor por Deus e a relutância em se tornar uma "celebridade cristã".

Um líder das paradas com o hino adolescente "School's Out", Cooper foi creditado por pavimentar o caminho para alguns cantores ultrajantes como Marilyn Manson. Mas ele afirma que suas obras nunca foram políticas ou religiosas e sempre tiveram "senso de humor".

Ele contou à HM, The Hard Music Magazine, que sempre foi insultado, toda hora sendo acusado de ser satanista. Criado em uma casa cristã, ele ainda acreditava em Deus, apesar dele não ser comprometido. Isso mudou quando o alcoolismo ameaçou seu casamento. Ele e sua mulher, Sheryl, foram a uma igreja que tinha um pastor que falava sobre o inferno.

Cooper disse que se tornou um cristão "inicialmente mais por medo de Deus do que por amor a Ele… Eu não queria ir para o inferno". Entrevistado na edição de março/abril da HM, Cooper via sua fé como "uma coisa em curso". "Ser um cristão é algo em que você apenas progride. Você aprende, vai para seus estudos da Bíblia, você ora", disse ele.

Ele tem evitado o posto de "celebridade cristã" pois "é realmente fácil se focar em Alice Cooper e não em Cristo. Eu sou um cantor de rock, nada mais do que isso. Não sou um filósofo. Me considero abaixo no poleiro do conhecimento cristão, então, não procure respostas em mim".

Apesar disso ele pôde conversar com outros na cena musical sobre sua fé. "Eu tinha um casal de amigos meus com quem conversei que disseram que eles tinham [aceitado Cristo]. Eu tenho conversado com algumas grandes estrelas sobre isso, alguns personagens horríveis… e você ficaria surpreso. Aqueles que você pensa que estão mais longe são os que estão mais aptos a ouvir".

Fonte: Whiplash / Gospel+

terça-feira, 14 de julho de 2009

As pedras falao

Matéria de Andreas Kisser membro da banda Sepultura so bandas de Rock Gospel


Um dos assuntos que mais repercutiu foi a coluna sobre as letras de black metal: As letras no heavy metal: anticristo superstar!. Recebi, principalmente mensagens de fãs do metal gospel, sugerindo uma pauta sobre o assunto, então, lá vou eu!

Admito que sou leigo no assunto e tive que fazer uma pequena pesquisa para entender a união da música pesada com a temática gospel. O metal cristão, ou qualquer outro estilo musical cristão, prega a palavra da escritura Sagrada, a Bíblia. As letras contam com passagens e frases totalmente inspiradas no livro.

Em todas as religiões, a música é usada em seus rituais, e na fé cristã não é diferente. Geralmente o acompanhamento das vozes nos corais é feito com um órgão de tubos, instrumento utilizado com maestria pelo compositor luterano alemão, Johann Sebastian Bach (1685-1750), um dos maiores músicos da história, que escreveu muitos temas inspirados na Bíblia como, por exemplo, a "Paixão de Cristo Segundo Mateus". A música de Bach é muito apreciada pelos músicos de heavy metal e influenciou muitos guitarristas e tecladistas do gênero.

Nas igrejas do Bronx, bairro em Nova York, também é utilizado um órgão elétrico acompanhado por bateria, baixo, guitarra e sopros, com corais muito animados, que fazem dos cultos uma verdadeira experiência. Esta música de temática gospel também influenciou muito o blues e o rock.

Com o passar do tempo, a igreja cristã foi se transformando e adotou outras formas musicais de expressar sua fé. Hoje, vários estilos musicais fazem parte da rotina das comunidades cristãs, fora e dentro do Brasil.

A primeira banda de heavy metal cristão, que levou o estilo ao mais alto nível, foi o Stryper. A banda californiana se inspirou na Bíblia para dar nome ao grupo, compor o visual e as suas letras. O estilo musical adotado pelo banda foi o que rolava na época, final da década de 80, o auge da era "poser metal" ou "glam metal".

Bandas como Mötley Crew, Poison e Cinderella estavam começando o seus reinados nas arenas norte-americanas. Guitarras distorcidas, solos de guitarra e muita maquiagem. A inspiração do Stryper (que vem do termo stripe, que significa faixa, listras, tiras) veio de um verso da Bíbla, Isaías 53:5, que declara: "Através de suas faixas seremos curados". A marca da banda são faixas preta e amarelas que causam um efeito visual único. O disco de maior sucesso foi "To hell with the devil" ("Ao inferno com o diabo"), de 1986. Uma parte da letra dizia:

Speak of the devil / He's no friend of mine / To turn from him is what we have in mind / Just a liar and a thief / The word tells us so / We like to let him know / Where he can go / To hell with the devil / (Mensagem do diabo / Ele não é meu amigo / Desviar de seu caminho é o que temos em mente / Ele é simplismente um mentiroso e um ladrão / A "palavra" nos fala / Nós gostaríamos de avisá-lo / Aonde ele poderia ir / Ao inferno com o diabo).

Outro grupo norte-americano que toca um metal mais alternativo, mesclando vocais agressivos com vocais melódicos é o P.O.D. (a sigla significa "payable on death", que português lieral quer dizer "pagável na morte"). É um termo técnico muito usado em bancos nos EUA quando uma pessoa morre e alguém herda seus bens. É necessário que uma pessoa morra para outra herdar seus bens. Isso é uma referência da banda a Jesus Cristo, que segundo o cristianismo, morreu por nós, pagando e perdoando nossos pecados, dando-nos a chance de sermos salvos. A banda já vendeu milhões de cópias, desde sua formação na metade da década de 90, com letras como: "Psalm 150" e "Abortion is Murder":

Abortion is murder / There's nothing you can say or do / To justify the fact / That there's a living breathing baby inside of you (Aborto é assassinato / Não há nada que você possa falar ou fazer / Para justificar o fato / De que existe um ser vivo respirando dentro de você).

Outro conceito interessante sobre as bandas cristãs vem do músico Tim Lambsis, do grupo norte-americano As I lay dying (Enquanto estou deitado e morrendo), ele diz: "Não tenho certeza qual é a diferença entre cinco cristãos tocando numa banda e uma banda cristã. Se você realmente acredita em algo, então isto afetará todas as áreas da sua vida. Todos nós da banda somos cristãos. Eu acredito que a mudança começa comigo primeiro, e a consequência é que as nossas letras não soam como sermões. Muitas de nossas músicas são sobre a vida, erros, relacionamentos e outros assuntos que não se encaixam necessariamente em uma categoria espiritual. Entretanto, todos estes tópicos são escritos de um ponto de vista cristão". Um ponto de vista interessante, onde se pode expressar com um pouco mais de liberdade, sem perder a fé nas crenças.

No Brasil, o maior exemplo de banda critã é o Oficina G3. Um grupo de músicos super talentosos, que tocam uma música pesada e bem elaborada. Os vocais também se intercalam entre mais agressivos e melódicos e os solos de guitarra de JuninhoAfram são de primeiro nível. Veja a letra da música "A Ele":

Se eu pudesse explicar ao mundo / O que é andar contigo, Oh Deus! / Minhas palavras não poderiam expressar / O Teu poder / O Teu imutável amor / Falar de Quem foi, que é e sempre será Deus!

No heavy metal mais extremo, a banda mais expressiva vem da Austrália: o Mortification. O som é brutal e super agressivo, mas inimigos do mal. Veja a letra de "Blood Sacrifice":

Christ he was inflicted / He took the sin of man / Bleeding on a woodencross / God's eternal plan (Cristo foi infligido / Ele tirou os pecados do homem / Sangrando em uma cruz de madeira / Plano eterno de Deus)

Bom, creio que deu pra entender um pouco e conhecer algumas bandas do white metal. Para mim, foi um aprendizado e acho que todos os músicos, independentemente do estilo e da mensagem, tocam porque amam a música e se beneficiam da liberdade que ela representa.

Conheci vários países, de culturas, ideias e religiões distintas, sempre aprendendo alguma coisa nova e, com isso, respeitando e tolerando diferentes maneiras de se ver a vida e o mundo.

Aproveitando, vejam as fotos (clique aqui) da minha última turnê com o projeto HAIL em países com a Turquia, Grécia, Croácia e Áustria, onde toco covers de clássicos do metal com ex-membros do Megadeth, Judas Priest e Alice Cooper.

Aprender a respeitar é aprender a viver em Paz.

Abraço a todos.
Andreas Kisser

Onde estamos ???!!!!

Onde está o missionário ideal?

Bráulia Ribeiro

O telefonema veio de um lugar remoto, na fronteira do Acre com o Peru. A voz da mulher tinha um tom resoluto. Ela sabia o que queria fazer e não parecia amedrontada. Ao mesmo tempo em que falava, se supria de uma consciência mais intensa de que não podia deixar as coisas como estavam.

“Ah, Bráulia, ore por nós; presenciamos muito sofrimento. Os políticos da região, para se eleger, levaram caixas de cachaça e até álcool puro para as aldeias, embebedando os índios, brigando, espancando homens e mulheres. Um deles se amasiou com duas irmãs e engravidou as duas. Bate constantemente nelas, e ontem derrubou uma das grávidas de um barranco cinco vezes. Ela se levantava e subia, e ele a derrubava novamente lá embaixo. Ele é grosseiro e domina o pai das moças com álcool e os irmãos com violência. Temos que denunciá-lo, mas ele está nos ameaçando. Já falou para a vila inteira que vai nos matar. Nos seguiu quando viemos até a vila, mas mesmo assim conseguimos marcar um encontro hoje à noite com a Polícia Federal para falar sobre o que essa corja política local faz na aldeia.”

Uma denúncia como esta, num mundo onde dominam as armas e a falta de lei, é como “água fria para o sedento”. O reino de Deus que aquela família leva para aquele lugar significa justiça, respeito e dignidade para os indígenas e para as vilas ao redor.

O jovem casal tem menos de 30 anos e está conosco há uns cinco. Com dois filhos pequenos, enfrentam, além de tudo, dificuldade financeira. Ainda que a Jocum tivesse condição de pagar altos salários, nada compensaria a insegurança e o medo que eles estavam enfrentando agora e com os quais teriam de conviver depois da denúncia.

Lembrei-me de como esta moça chegou à Jocum. Ainda “não era crente direito”. Nunca tinha vivido uma vida limpa, nem mesmo na infância. Vestia-se no dia-a-dia como quem sai para fazer um programa na noite. Movia-se com um gingado de dançarina de cabaré. Várias vezes ouvi os líderes do curso de discipulado confabularem sobre ela, desesperados, pensando se haveria jeito para alguém assim.

Hoje, ela e o marido são missionários que qualquer missão gostaria de ter reforçando suas trincheiras. Abnegados, dedicados, amorosos, íntegros e, mais do que isto, a mulher tem garra de guerrilheira.

Infelizmente, houve uma época em nossa comunidade missionária que nos cansamos de jovens e dos “problemas” que chegavam a cada nova leva de alunos. Começamos a pensar em fazer um escrutínio apurado de todos os formulários, na tentativa de evitar que recebêssemos jovens “problemáticos”, que têm o potencial de consumir toda a nossa energia e produzir muito pouco ou quase nada para missões. Queríamos maturidade, e não juventude. Pela misericórdia de Deus, o plano não deu certo, e já nos curamos deste pensamento doente. Redescobrimos nosso DNA, e ele está diretamente ligado à responsabilidade de transferir destino àquele que não o tem. Significa mobilizar os que “não são”, os loucos, garimpar tesouros na lama.

Apaixonei-me novamente pelos jovens. O Reinaldo, meu marido, começou o primeiro curso desta nossa nova fase com uma palavra que ele acredita ter ouvido de Deus: “Aquele que vem a mim, não o lançarei fora”. Recebemos de uma só vez quase trinta malucos, góticos, satanistas, neo-hippies, patrícias e maurícios, alguns sexualmente definidos de maneira errada e outros indefinidos propositalmente, jovens de classe média ou quase favelados. Nunca aprendi tanto em minha vida.

Nenhum destes novos candidatos a missões seria considerado apto por nossos padrões religiosos. Em missões temos de ter a nata espiritual de nossas igrejas.

Entendi, naquele tempo, que para Deus todos são “nata”, como a mulher que me ligou, ontem perdida, hoje representando justiça e dignidade. Todos gente comum, gente especial sem o ser, trazidos pelo Senhor, seja de um garimpo distante, da seita do chá ou da Assembléia de Deus, para passar pela máquina de redimir destinos chamada reino de Deus.

• Bráulia Ribeiro, missionária em Porto Velho, RO, é autora de Chamado Radical. braulia_ribeiro@yahoo.com

sábado, 4 de abril de 2009

MISSOES URBANAS

17/03/2009

Astros convertidos

Roqueiros, como o baterista do Iron Maiden, antes idolatrados por multidões de fãs, agora cultuam a Jesus Cristo.


Nico McBrain, baterista do Iron Maiden: “Um dos maiores truques do Diabo é fazer você acreditar que ele não existe”

A banda inglesa Iron Maiden, que estourou nos anos 80 com o estilo Heavy Metal de fazer rock, desembarca no Brasil na próxima quinta-feira, dia 12, para se apresentar pela turnê Somewhere Back In Time. O grupo, precursor do estilo e considerado um dos melhores do gênero, conta novamente com a sua formação original. A popularidade entre os roqueiros se deu através de sua maneira única de soar em canções, letras e capas de discos. O nome “Iron Maiden” é inspirado em um instrumento de tortura medieval, o qual se acha representado no filme O Homem da Máscara de Ferro. Suas letras exploram temas que vão do ocultismo a lendas, filmes, histórias de assassinatos, o escuro e a simbologia do número 666. Além disso, as capas dos álbuns são singulares, pois exibem sempre o mascote da banda, Ed, um morto vivo, em cenas sugestivas aos temas de cada disco.

Diante dessa atmosfera “pesada”, seria possível pensar em algum espaço para manifestações cristãs? Olhos e ouvidos voltados para Deus? Sim! O baterista da banda, Nico McBrain, é um exemplo de músicos de rock bem sucedidos, com carreiras mundialmente consolidadas e que, ao longo de suas vidas, se converteram ao cristianismo. Chocante? Inesperado? Talvez nem tanto. Ele próprio afirma que quando alguém se torna cristão, não está livre do pecado, mas deve buscar ao máximo uma vida longe deste mal.

A pergunta mais comum feita ao baterista é: Como você pode tocar em um grupo que apresenta uma canção chamada Number of the Beast (Número da Besta)? Nico afirma que a canção é sobre uma história que se encontra no livro de Apocalipse. “Um dos maiores truques do Diabo é fazer você acreditar que ele não existe”, justifica o baterista.

Nico McBrain é um exemplo incrível de conversão de músicos que, pela própria natureza da profissão, lidam com uma série de fatores que muitas vezes os afastam de uma vida ao lado de Deus. Shows, fãs, turnês exaustivas e o universo das drogas e comportamentos promíscuos, muitas vezes associados ao estilo de vida no rock.

Muito conhecidos na história da música mundial e, especialmente do rock, são os casos de músicos que acabam deixando a vida precocemente de forma conturbada e perturbadora. O líder do grupo Nirvana, Kurt Cobain, no dia 5 de abril de 1994, atirou na própria boca e deixou o mundo com uma filha ainda criança. Sua carreira foi marcada por um sucesso meteórico, desgastes emocionais, depressão, drogas e, em particular, o vício pela heroína.

Mais conversões no rock - Felizmente, ainda é possível citar outros casos de músicos do rock que, como Nico McBrain, seguiram o caminho da salvação física e espiritual a partir do contato com os valores cristãos.

Brian Welch, ex-guitarrista do grupo Korn, é um outro bom exemplo de roqueiro convertido. No final de 2008, ele lançou o seu primeiro disco solo, Save Me From Myself. No álbum, o músico aborda questões particulares da sua vida como a luta para deixar as drogas, os motivos que o levaram a sair da banda e seu encontro com Deus.

No Brasil, temos a surpreendente história do músico Rodolfo Abrantes, ex-vocalista da banda de hard-core Raimundos. No auge de sua carreira, o roqueiro sentiu o vazio em que vivia e se converteu. “Estava sozinho, morando em São Paulo, com uma vida louca, trezentas namoradas por aí, drogas a valer, balada todos os dias, fãs de montão, disco de platina, dinheiro na conta, agenda lotada de shows, mas completamente infeliz”, relata o cantor.

Em 2006, já convertido, Rodolfo lançou seu primeiro disco voltado para Deus, Santidade ao Senhor. Além disso, ministra cultos na igreja Bola de Neve Church e viaja junto de sua mulher para pregar a Palavra. “Quer ter vitória? Anda no caminho do Senhor, obedeça, leia a Bíblia e siga seus conselhos. Hoje não bebo, não é porque não possa, é porque não quero. Quero ter comunhão com o Pai”, aconselha o músico.

A exótica e mística Baby do Brasil - ex-Baby Consuelo e ex-integrante do grupo Novos Baianos - também impactou a muitos com sua conversão nos anos 90, recebendo, inclusive, muitas críticas. A estas, a cantora responde em uma de suas músicas: “E não importa o que vão pensar de mim. Eu quero é Deus. Eu quero é Deus.”

Fonte: Portal CRISTIANISMO HOJE - www.cristianismohoje.com.br/

sexta-feira, 13 de março de 2009

Verdadeiros servos de Deus são ousados!


Elias nos mostra sensibilidade ao Espírito de Deus. Ele foi o mais famoso e dramático dos profetas de Israel. Mesmo pagando o preço de ter trabalhado sozinho, Elias depositava sua confiança em Deus. Uma das características marcantes do seu ministério foi a ousadia com que transmitia a Palavra do Senhor, e por essa ousadia ele foi enviado não para confortar, mas para confrontar, devido a situação de Israel na época.Em 1 Reis 17: 2-4, 8-10 temos exemplos da total dependência de Elias no Senhor, quando ele foi alimentado por corvos junto ao ribeiro de Querite, e, logo após Deus ordena uma viúva para o sustentar. No capítulo 19: 1-7, vemos outra vez a dependência que Elias tinha do Senhor. Quando Jesabel ameaçou Elias de morte, este fugiu pelo deserto. Naquele momento a solidão tomou conta de Elias, e, movido pela angústia ele chegou a desejar a própria morte (v. 4). Depois, enquanto Elias dormia, Deus enviou um anjo para o alimentar e disse que a caminhada seria longa. Elias foi para Horebe a caminho de quarenta dias. Ele aceitou o chamado do Senhor por que confiava n’Ele, por que sabia que Deus honra e cuida daqueles que são sensíveis ao Seu chamado.Peguemos agora o exemplo de João Batista, a voz do que clama no deserto (Jo 1: 6-8, 22-23). No capítulo 4 de Malaquias versículo 5, o Senhor diz: “Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.” Malaquias dizia que como Elias, Deus enviaria um profeta ousado para confrontar e esse profeta foi João que levou ao povo a mensagem de arrependimento. Ele falava com ousadia, não se preocupava com status, se vestia com roupas curiosas, e vivia nas regiões desérticas. João abraçou ao chamado de anunciar a vinda do Messias, pois confiava em Deus. Os fariseus, homens moralistas, voltados para as questões religiosas, levavam ao povo padrões de vida que eles mesmos não seguiam.Esses foram chamados por João de “raça de víboras”. Pela primeira vez, alguém realmente destemido os repreende. João não tinha compromissos com a sociedade corrompida, ele não poupou nem mesmo o governador Herodes. Esse ato ousado custou-o a morte, mas João não se importava em morrer, queria apenas ser fiel a Deus.É muito fácil falar a Deus que estamos dispostos a trabalhar, o difícil é se ajustar no perfil do homem santo, pagar o preço. Deus deseja levantar homens dispostos a pagar o preço, alguns pagam com a própria vida, como foi com Estevão que antes de morrer viu os céus abertos e contemplou a Glória do Pai e Jesus à sua direita (At. 7:55, 56).Os propósitos de Deus nas nossas vidas não são em vãos. Deus também têm sonhos. Quando aceitamos o chamado do Pai, desde os momentos alegres até nas portas da morte, podemos também contemplar os céus abertos, por que Jesus nos acompanha. Podemos contemplar a Glória do Senhor porque Ele é conosco. Mas Deus quer ousadia da nossa parte. Ele quer homens destemidos para fazer a diferença, por que estamos vivendo tempos semelhantes ao de Elias, cheios de corrupção, idolatria, violência.Então quando estivermos desapegados de bens matérias e sentimentais, limpos dos pecados, desgarrados de toda imundícia da carne, aí estaremos preparados para sermos usados pelo Senhor dos Exércitos e poderemos nos apegar ao Pai. Aí poderemos ir para a Batalha e dizer, como Elias: “Vive o Senhor dos Exércitos, perante cuja face estou”.Amém!Fellipe Augusto de Andrade Fonte:Webservohttp://www.webservos.com.brwebservo@webservos.com.br

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Plano de DEUS para Israel

Não temas, ó vermezinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu Redentor é o Santo de Israel" (Is 41.14).
Uma promessa maravilhosa! Mas onde, como e quando esta ajuda para Israel pode ser encontrada hoje? Talvez, com os EUA? Não! Ou talvez com Deus, que permitiu o Holocausto e deixou ocorrer a "intifada" (rebelião dos palestinos)? Os inimigos, cegos de ódio, não poupam nenhum sacrifício, nem a própria vida para espezinhar o "vermezinho de Jacó" e provocar uma "solução final" para poder estabelecer o chamado Estado Palestino. E isso em Eretz Israel (a terra de Israel)! O mundo sem Deus prefere crer numa mentira histórica, ao invés de crer na Palavra de Deus eternamente válida.
Lembremo-nos mais uma vez do que Deus diz do "vermezinho de Jacó": "Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o Senhor vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito" (Dt 7.6-8).
Do "vermezinho de Jacó" brotou Davi, o "Meleque (= rei) de Israel", que escolheu ser pequeno e humilde diante de Deus. Pela graça de Deus ele pôde subir ao "trono de Davi" como rei terreno e precursor do eterno Rei da Paz, Jesus Cristo.
Deus não escolhe quem busca poder, status e fama. Pelo contrário: "Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes" (1 Co 1.27). Esse é um princípio divino, que se estende por todo o Plano de Salvação.
"Palestina", como Israel é chamado por muitos hoje, é uma designação falsa, pois essa palavra é uma derivação de "pelishtim" ou "Filístia". Na verdade Israel foi oprimido temporariamente pelo "povo do mar", os filisteus, mas os conhecedores da Bíblia sabem que Davi acertou as contas com Golias e os filisteus foram derivação de "pelishtim" ou "Filístia". Na verdade Israel foi oprimido temporariamente pelo "povo do mar", os filisteus, mas os conhecedores da Bíblia sabem que Davi acertou as contas com Golias e os filisteus foram vencidos. Em tempo algum a terra de Israel pertenceu aos filisteus ou aos palestinos. Os moradores da terra, antes que Israel a ocupasse, foram as gerações dos cananeus: "Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete, e aos jebuseus, aos amorreus, aos girgaseus, aos heveus, aos arqueus, aos sineus, aos arvadeus, aos zemareus e aos hamateus; e depois se espalharam as famílias dos cananeus. E o limite dos cananeus foi desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza, indo para Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa" (Gn 10.15-19), e a terra se chamava Canaã. "Habitou Abrão na terra de Canaã; e Ló, nas cidades da campina e ia armando as suas tendas até Sodoma" (Gn 13.12). Depois que Ló havia se separado de Abraão, este recebeu novamente uma confirmação da parte de Deus: "Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra (Canaã) que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre" (Gn 13.14-15).
Quando Israel entrou em Canaã, Josué recebeu a ordem divina: "Moisés, meu servo, é morto; dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés" (Js 1.2-3). Depois de quarenta anos de peregrinação pelo deserto, a terra de Canaã foi a pátria de Israel durante 1.500 anos até a destruição do templo no ano 70 d.C. Então Israel foi espalhado entre os povos – até que no ano de 1948, foi-lhe novamente concedida uma pátria por decisão da ONU, mas com a imposição (infeliz) de dividi-la com os árabes.
Mas de onde vem, então, o nome Palestina? O imperador romano Adriano, que odiava os judeus e os cristãos, deu esse nome à terra no ano de 135 d.C., com a intenção de que não se fizesse mais referência "ao nome Judéia de Israel". Assim foi cunhado o falso nome "Palestina" e ele ficou sendo usado desde então. Infelizmente, até as sociedades bíblicas aceitaram essa falsa denominação e a usaram nos mapas em diversas Bíblias: Palestina, ao invés de Canaã.
Aqueles que atualmente se chamam de palestinos são árabes, sejam eles muçulmanos ou cristãos. No fundo a polêmica atual entre árabes e judeus (Israel) não é um problema étnico nem político, mas um problema religioso. E por isso, na verdade, somente a Bíblia pode mostrar o caminho certo para a solução do conflito.
Israel (= Jacó) é uma designação que se refere tanto ao povo como também à terra. Povo e terra formam uma unidade inseparável. Desta forma, a terra deve pertencer aos palestinos, ou seja, aos árabes? Jamais, pois o próprio Deus garante que ela pertence a Israel. As nações deveriam prestar atenção àquilo que Deus diz do Seu "vermezinho Israel" e como Ele o protege: "Porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho" (Zc 2.8b).
A história trágica de Israel mostra que desde o início da sua existência foi oprimido continuamente por poderes inimigos e até ameaçado pelo holocausto. Holocausto significa extermínio em massa, extinção, solução final do problema judeu. Isso já começou antigamente no Egito com Faraó, que tentou dizimar os hebreus. Mas tão certo como Faraó e seus exércitos se afogaram no Mar Vermelho, também Deus acertará as contas com os atuais inimigos de Israel. Naquele tempo ainda era um único inimigo que ameaçava a Israel, hoje são as nações. Desde 1948 Israel foi envolvido em cinco guerras, às quais sobreviveu vitoriosamente. Hoje um dos seus principais inimigos, que usa pedras, punhais e bombas, está bem no meio do seu território. Contra isso é difícil usar tanques, ou aviões. Por meio de guerras e atos terroristas morreram milhares de israelenses desde a fundação do Estado, e a desejada paz desvanece cada vez mais para o "vermezinho de Jacó". Altos dignitários da política vêm a Israel e se atrevem a dar "bons" conselhos e exortações, dizendo que os judeus deveriam ceder territórios. Mas nada nem ninguém anula as promessas que Deus deu a Jacó: "Disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó. Já não te chamarás Jacó, porém Israel será o teu nome. E lhe chamou Israel. Disse-lhe mais: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; sê fecundo e multiplica-te; uma nação e multidão de nações sairão de ti, e reis procederão de ti. A terra que dei a Abraão e a Isaque dar-te-ei a ti e, depois de ti, à tua descendência" (Gn 35.10-12). Mas nem o povo como um todo nem o governo se firma nessa promessa, e infelizmente segue o caminho da "angústia de Jacó", conforme Jeremias 30.7-10: "Ah! Que grande é aquele dia, e não há outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livre dela. Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu pescoço e quebrarei os teus canzis; e nunca mais estrangeiros farão escravo este povo, que servirá ao Senhor, seu Deus, como também a Davi, seu rei, que lhe levantarei. Não temas, pois, meu servo, Jacó, diz o Senhor, nem te espantes, ó Israel; pois eis que te livrarei das terras de longe e à tua descendência, da terra do exílio; Jacó voltará e ficará tranqüilo e em sossego; e não haverá quem o atemorize".
Nosso coração anseia por isso! A nossa oração sempre deve ser que, sem demora, Israel seja conduzido ao encontro do destino que Deus planejou para ele! Para isso é preciso ter fé baseada nas Escrituras e perseverança, não se deixando determinar pelo mal e pelo que é atualmente visível, mas sim, firmando-se nas imutáveis promessas de Deus!
Deus o chama de "vermezinho de Jacó". O Israel moderno – e "vermezinho de Jacó", será que isso combina? Ou Deus deveria fazer uma correção e mudar-lhe o nome? Com essa humilde terminologia divina ofenderíamos Israel diretamente. No máximo, esta expressão talvez possa ser engolida nas piadas judaicas ou no humor do escritor satírico israelense Ephraim Kishon. Israel se orgulha dos seus progressos tecnológicos. E não só por isso, pois em todas as áreas os judeus realizam coisas inovadoras. Por exemplo, em tempo recorde eles criaram um jardim florido e belas cidades nas areias do deserto. Não se consegue enumerar tudo o que eles estão conseguindo e realizando. E nós nos admiramos e nos alegramos com o seu sucesso, e naturalmente também porque foram vitoriosos nas cinco guerras, das quais se viram obrigados a participar. E se houver guerra novamente, Israel está preparado – e como!
Contudo, falta o essencial ao povo de Deus hoje: a confiança no Deus de seus pais Abraão, Isaque e Jacó. Israel quer ser como todos os outros povos e esquece o seu Deus. Por isso, hoje em dia, há medo e perplexidade por toda parte. Alastram-se a anarquia e a imoralidade em Israel como acontece nas outras nações. No Knesset (Parlamento) ninguém se levanta e chama ao retorno para o Deus dos pais. Para onde isso vai levar? Para a "angústia de Jacó", a Grande Tribulação. Só se pode implorar: "Senhor, tenha misericórdia deles e abrevie esse tempo!" O próprio Deus é fiador da salvação e do renascimento de Israel, que o Messias, Yeshua, Jesus Cristo, trará. Então se cumprirá o que está escrito: "Eu, o Senhor, te chamei em justiça; tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios" (Is 42.6). Por isso: nós, que amamos o judeu Jesus, formemos uma muralha de orações ao redor do "vermezinho de Jacó"! Assim o problema com os vizinhos de Israel, hoje ainda inimigos, estará resolvido: "Bendito seja o Egito, meu povo, e a Assíria, obra das minhas mãos, e Israel, minha herança" (Is 19.25b).
Com absoluta certeza o "vermezinho de Jacó" pode contar com a ajuda do Senhor, pois seu Redentor, o próprio Santo de Israel, comprometeu-se com Sua promessa: "Desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias; desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao Senhor" (Os 2.19-20).
Naquele tempo, segundo o direito judaico, o noivado era bem mais significativo do que nos costumes do Ocidente. Um casal de noivos ficava comprometido um com o outro, pois o noivo pagava um dote por ocasião do noivado. Com isso o acordo estava selado. Em que consiste o dote em relação a Israel? "Em justiça, em juízo, e em benignidade e em misericórdias... e em fidelidade!" Qual é o fundamento de um noivado? Evidentemente é o amor! Além disso, o Senhor ainda lhes deu Seu Filho unigênito. Portanto, o que mais Israel pode esperar de Deus? Encontramos a resposta em Romanos 11.29: "Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis" e: "se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo" (2 Tm 2.13).
Deus cumpriu Seu juramento e continua cumprindo-o. – E Israel? "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (Jo 1.11). E: "Não queremos que este reine sobre nós" (Lc 19.14b). Que tragédia para a própria desgraça! Que grande ofensa a Deus e a Seu Filho! Como deve ter sido dolorosa para Eles a recusa desse amor! Ouvimos como um lamento: "Estendi as mãos todo dia a um povo rebelde, que anda por caminho que não é bom, seguindo os seus próprios pensamentos" (Is 65.2). Por isso Israel ainda tem de passar pelo juízo redentor, pois Deus diz por meio de Samuel: "Se, porém, não derdes ouvidos à voz do Senhor, mas, antes, fordes rebeldes ao seu mandado, a mão do Senhor será contra vós outros, com foi contra vossos pais" (1 Sm 12.15). – "Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Is 59.1-2).
Poderíamos continuar jogando sobre Israel muitas outras passagens bíblicas que falam de condenação. Esta é a nossa tarefa? De maneira nenhuma! Isso não compete a nós! Nesse sentido nos chama a atenção a insistente exortação do apóstolo Paulo: "Não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também não te poupará" (Rm 11.20b-21). Por acaso será que nós temos sido continuamente fiéis ao Senhor? Infelizmente, não! Somos nós melhores do que o "vermezinho de Jacó?" De modo algum! É vergonhoso constatar que o anti-semitismo não se alastra apenas nos círculos políticos, mas até em igrejas isso tem acontecido – e contagiado membros de grupos cristãos.
Desde a escolha de Israel, como povo de propriedade de Deus, o inimigo tem sempre procurado destruí-lo. Ele costuma usar dirigentes políticos como Hitler, Nasser, Kaddafi, Yasser Arafat, mas também a imprensa de esquerda. O Holocausto começou com Faraó. Na peregrinação pelo deserto foi o rei Balaque que usou os serviços do renomado adivinho e "vidente" Balaão. Este era uma sumidade no terreno do ocultismo. Balaão deveria amaldiçoar Israel por meio de suas temidas maldições mágicas, o que falhou apesar de diversas tentativas. Contra a vontade de Balaque e Balaão, ao invés de maldição, esse falso profeta teve de pronunciar as mais gloriosas palavras de bênção: "Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem... uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro" (Nm 24.9b e 17a).
A história de Israel, em muitos trechos, é uma história de sofrimentos trágicos. Finalmente houve na Suíça e em alguns outros países uma disposição para rever a História e ressarcir danos materiais às vítimas do Holocausto e seus descendentes, e se fala de revisar o passado. Mas além disso também seria importante revisar a História de Israel, sua origem e suas promessas como são ensinadas em escolas e universidades. Para isso, porém, seria necessário estudar a Bíblia! Como, entretanto, as nações e seus dirigentes estão cegos e não têm mais compromisso com a Bíblia, continuam presos à velha e antiga culpa, que é impossível de ser reparada com quaisquer bens materiais. Ninguém pode resgatar sua culpa por meio de ouro ou dinheiro! Deus não aceita nenhuma negociação de indulgências. A Palavra de Deus diz que as nações se tornaram cegas: "obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração" (Ef 4.18).
Alguém que odiava os judeus perguntou a um velho judeu:
"O que você pensa que acontecerá com o seu povo se nós continuarmos perseguindo vocês"? O judeu respondeu: "Haverá um novo feriado para nós!" "O que você quer dizer com isso?", perguntou o outro, "como vocês podem ter um novo feriado se continuarmos perseguindo vocês?" O velho judeu disse: "Veja bem, Faraó quis nos exterminar – e nós recebemos um feriado: a Páscoa! Hamã quis enforcar Mordecai e exterminar todos os judeus – e nós recebemos um novo feriado: Purim! Antiôco, o rei da Síria, quis exterminar os judeus. Ele ofereceu um porco ao deus Júpiter no templo – e Israel recebeu outro feriado: Hanucah! Hitler quis nos exterminar – e nós recebemos mais um feriado: Yom Ha’atzmaut, o Dia da Independência! Os jordanianos ocuparam Jerusalém Oriental durante 19 anos, impedindo-nos de orar no Muro das Lamentações, até que, no ano de 1967, nossos soldados libertaram Jerusalém Oriental. Desde então festejamos anualmente o Yom Yerushalaym, o Dia de Jerusalém! E caso continuarem nos perseguindo, receberemos mais feriados da parte de Deus!" E o velho judeu tem razão!
Esta história continua sendo escrita: Israel receberá outro feriado. O monumento já foi levantado. No mundo inteiro só existe um único monumento a uma guerra que ainda não aconteceu. Qualquer um tem a oportunidade de vê-lo em Megido, e a placa indicativa diz que, de acordo com Apocalipse 16.16, Deus reunirá as nações para a guerra em Armagedom. Mas não somente isso. Também se cumprirá Zacarias 14.12 assim que os inimigos de Israel atacarem Jerusalém, e a sentença está lavrada: "Esta será a praga com que o Senhor ferirá a todos os povos que guerrearem contra Jerusalém: a sua carne se apodrecerá, estando eles de pé, apodrecer-se-lhes-ão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na boca." Por causa das armas químicas, esse cenário apocalíptico se torna compreensível. Mas nós cremos na promessa divina: "Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para salvar-te; por isso, darei cabo de todas as nações entre as quais te espalhei; de ti, porém, não darei cabo, mas castigar-te-ei em justa medida e de todo não te inocentarei" (Jr 30.11).
Da mesma maneira Deus procedeu com os israelitas na Pérsia. O livro de Ester relata uma história estranha, que soa como um conto de fadas das mil e uma noites. A vida majestosa e cheia de pompa do Oriente e as intrigas que faziam parte da corte real da Pérsia são descritas de maneira muito realista: uma grande parte de Israel não conseguia se decidir a obedecer aos profetas, Isaías e Jeremias, para deixar a Babilônia e voltar para a sua terra, embora a ordem do Senhor fosse clara: "Saí da Babilônia, fugi de entre os caldeus" (Is 48.20a), e "Saí do meio dela, ó povo meu, e salve cada um a sua vida do brasume da ira do Senhor" (Jr 51.45). O período de 70 anos de cativeiro no exílio, conforme os profetas haviam anunciado, estava no fim. O templo deveria ser novamente edificado em Jerusalém e os sacrifícios reinstituídos. Mas os judeus que haviam ficado não mostraram nenhuma vontade nesse sentido. Obviamente eles preferiram se assimilar e se acomodar na terra próspera onde se encontravam. Aí se manifestou novamente a desobediência obstinada: "Mas o meu povo não me quis escutar a voz, e Israel não me atendeu. Assim, deixei-o andar na teimosia do seu coração; siga os seus próprios conselhos" (Sl 81.11-12). Isso teve por conseqüência inevitável: "Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse; antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão, também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei" (Pv 1.24-26).
Esta não é uma séria advertência para nós? Quem pensa que sabe tudo melhor e persiste na teimosia, traz sobre si infortúnio e infelicidade. Foi a grande misericórdia de Deus que fez com que Ele, assim mesmo, aceitasse Seu povo desesperado e o salvasse para a Sua honra. A Sua misericordiosa providencial protegeu o resto do povo do aniquilamento total, e Ele também o fará no futuro! A decisão de Hamã de exterminar os judeus e enforcar Mordecai foi frustrada pelo corajoso ato da Hadassa (= Ester). "Se morrer, morrerei"! Com essa decisão corajosa ela não apenas frustrou o plano de Hamã, mas também do rei, agindo em favor do seu povo. E Hamã experimentou o dito: aquele que prepara uma forca para Israel será pendurado nela!
Mas hoje, quem tem coragem de falar a favor de Israel? Aquele que abençoa Israel será abençoado! Em memória do maravilhoso livramento da mão de Hamã, Israel festeja a cada ano, no dia 14 de adar, a Festa de Purim. Todavia, o dia de grande alegria ainda está por vir, pois Isaías anuncia ao "vermezinho de Jacó": "Em lugar da vossa vergonha, tereis dupla honra; em lugar da afronta, exultareis na vossa herança; por isso, na vossa terra possuireis o dobro e tereis perpétua alegria" (Is 61.7). (Burkhard Vetsch - http://www.chamada.com.br)
Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, julho de 1998.

sábado, 3 de janeiro de 2009

soberania de DEUS

A Soberania de Deus
Luiz Fontes : Sinopse de Efésios 1
Publicação: 31/01/2007
“No céu está o nosso DEUS e tudo faz como lhe agrada.”
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Introdução
Nunca podemos esquecer da infinita sabedoria de DEUS, por isso, Ele nunca faz nada sem planejamento. Nenhuma dedução a respeito de DEUS pode ser mais desonrosa do que a suposição de que Ele não é soberano sobre as Suas obras, ou que Ele não está agindo de acordo com um plano que articula a ordem de Sua inteligência infinita. O governo de DEUS no universo é de acordo com o Seu plano, e este, deve ser perfeito em extensão, alcance e detalhes. Se Ele tem um plano hoje, deve ter tido o mesmo plano imutável desde o princípio.Portanto o decreto de DEUS fala-nos da Sua pessoa infinita, absoluta, eterna, imutável e soberana, compreendendo um plano que abrange todas as Suas obras, de todas as espécies, grandes e pequenas, desde o começo da criação até a infindável eternidade.Quando reconhecemos a soberania de DEUS, reconhecemos a Sua realeza. A mais alta concepção que o homem pode ter de autoridade está incorporada na pessoa de um rei. Vamos atentar para alguns textos:- 1 Cr 29.11,12 - “Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos. Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força”. - Sl 95.3,6 - “Porque o SENHOR é o DEUS supremo e o grande Rei acima de todos os deuses. Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR, que nos criou”.- Ap 19.5,6 - “Saiu uma voz do trono, exclamando: Dai louvores ao nosso DEUS, todos os seus servos, os que o temeis, os pequenos e os grandes. Então, ouvi uma como voz de numerosa multidão, como de muitas águas e como de fortes trovões, dizendo: Aleluia! Pois reina o SENHOR, nosso DEUS, o Todo-Poderoso”.
A definição da soberania de DEUSSoberania de DEUS é a supremacia de DEUS, a realeza de DEUS, a divindade de DEUS. Dizer que DEUS é soberano é dizer que DEUS é DEUS. Dizer que DEUS é soberano é declarar que Ele é o Altíssimo, o qual tudo faz segundo sua vontade no exército dos céus e entre os moradores da terra; “... Não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” - (Dn 4.35). Dizer que DEUS é soberano é declarar que Ele é onipotente, possuidor de todo o poder nos céus e na terra, de tal maneira que ninguém pode impedir os seus conselhos, contrariar os seus propósitos ou resistir à sua vontade – “No céu está o nosso DEUS e tudo faz como lhe agrada.” - (Sl 115.3), estabelecendo reinos, derrubando impérios e determinando o curso das dinastias, segundo o seu agrado. Dizer que DEUS é soberano é declarar que Ele é o “único Soberano, o Reis dos reis e SENHOR dos senhores”. Este é o DEUS da Bíblia.O dicionário define a palavra soberano como alguém que “possui suprema autoridade”. A palavra vem do latim super (acima), e significa literalmente “um que está acima dos outros”. O nosso Pai Celeste está acima de cada coisa e de cada criatura. Acima de tudo e de todos.Uma boa definição da soberania de DEUS é a seguinte: “soberania de DEUS é Seu poder e direito de domínio sobre todas as Suas criaturas para dispô-las e determiná-las, como parece melhor”. Este atributo é evidentemente demonstrado no sistema da criação, providência e graça; pode ser considerado como absoluto universal e eterno. A soberania de DEUS é absoluta, irresistível e infinita.Quando dizemos que DEUS é soberano, asseveramos o Seu direito de governar o universo, criado para a Sua própria glória, exatamente como Lhe aprouver. Isso implica que DEUS não está sujeito a nenhuma regra ou lei. DEUS não tem qualquer obrigação de prestar contas dos seus atos a quem quer que seja. A soberania de DEUS caracteriza todo ser de DEUS. Ele é soberano em todos os Seus atributos:- Ele é soberano no exercício do Seu poder. Seu poder é exercido como Ele quer, quando Ele quer e aonde Ele quer.- DEUS é soberano no exercício de Sua graça. A graça é dada aos que não merecem. Graça é a antítese da justiça:- A justiça exige que cada um receba o que merece legitimamente, nem mais e nem menos.A justiça não oferece favores e não escolhe pessoas. A justiça não demonstra piedade e desconhece a misericórdia.- A graça divina não opera em detrimento da justiça, mas a graça reina pela justiça. Veja o que Paulo diz em Romanos 5.21: “a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante JESUS CRISTO, nosso SENHOR!”.Se a graça reina, então ela é soberana!
A soberania de DEUS na salvação – (Jonas 2.9) No Capitulo 2 e o versículo 9 do Livro de Jonas diz: “... Ao SENHOR pertence a salvação!”A pergunta que surge aqui é: quem, pois recebe essa graça salvadora? Para responder a essa pergunta temos que ler alguns textos:
-At 13.48 - “... e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”- 2 Ts 3.2 - “... porque a fé não é de todos”.- Tt 1.1 - “Paulo, servo de DEUS e apóstolo de JESUS CRISTO, para promover a fé que é dos eleitos de DEUS e o pleno conhecimento da verdade segundo a piedade.”
Paulo escreveu aos Romanos no capitulo 9 os versículos 19-23: “Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade? Porventura não tem o oleiro poder sobre o barro para fazer da mesma massa um vaso para honra, e outro para desonra? Que diremos, se DEUS, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória sobre os vasos de misericórdia, que de antemão preparou para a glória”.Vamos extrair algumas lições desses textos:Esses textos nos ensinam que o destino de toda pessoa está nas mãos de DEUS. E graças a DEUS que seja assim. Se tudo fosse entregue a nossa própria vontade, o destino de todos nós seria o inferno. A promessa e o propósito de DEUS só dizem respeito a algumas pessoas. Essas promessas só se aplicam às pessoas que, por um nascimento espiritual, DEUS produziu para Si. Vejamos alguns textos:
- Jo 10.27-29: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar”.“Jamais” – aqui temos uma partícula de negação qualificada na língua grega (me). O significado dessa partícula é: “nunca”, “certamente que não”, “de modo nenhum”, “de forma alguma”. Veja o que o SENHOR JESUS diz em João 6.37: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora”.
- Rm 8.1 - “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO JESUS”. Estas pessoas, às quais o propósito e as promessas de DEUS se aplicaram, são, e vieram a ser o que são, não por causa de alguma coisa delas ou nelas. O propósito de DEUS está sendo levado a efeito, sempre foi e sempre será por meio deste processo de eleição. DEUS põe em andamento e efetua o Seu propósito por intermédio deste processo de seleção unicamente por uma razão – porque é o único método que garante que o Seu propósito e o Seu plano serão certos, seguros e infalivelmente efetuados e levados ao cumprimento perfeito da Sua eterna vontade. Esse plano não depende de nós em coisa alguma, e sim do propósito de DEUS, do Seu caráter e de Sua ação.
O Exemplo de Jacó e Esaú - (Romanos 9.9-13)O objetivo de Paulo nesses textos é demonstrar que o propósito de DEUS, firmado em Sua eterna Palavra, quanto ao Seu povo, não tinha sido frustrado e nem havia falhado em sua operação. Quero considerar aqui uma breve exposição do irmão Martyn Lloyd-Jones: “Veja que no contexto desse texto, temos Ismael e Isaque. Lendo o texto vemos que todos aqueles a quem as promessas se aplicam, em todas as épocas e em todas as gerações, são necessárias e conseqüentemente, tão evidentemente como Isaque foi, filhos nascidos do ESPÍRITO. E assim, todo cristão, só é explicado, em última instância, em termos da ação de DEUS, da atividade de DEUS e da interferência de DEUS no processo natural pelo qual todos eles se tornam seres humanos”. Se você estudar o método de Paulo aqui no Capítulo 9 de Romanos, você vai perceber três coisas:- Ele primeiramente expõe os fatos - (6-8);- Cita uma declaração explicita de DEUS - (v.11);- Por último, ele deduz a doutrina.
“Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú” - (v.13). Nós sabemos pela história do A.T., que Esaú foi o pai dos edomitas. Esse foi um povo inimigo do povo de DEUS. Olhe o versículo 6: “nem todos os de Israel são, de fato, israelitas”. Esaú e Jacó provam isso cabal e conclusivamente.A palavra aqui para odiar, é a mesma que o SENHOR usou em Lucas 14.26: “Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo”. O sentido da palavra aqui é “tratar com menos favor”.Agora, volte ao versículo 11: “E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de DEUS, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama)”. Aqui, temos que notar que o apóstolo Paulo nos faz entender a razão de DEUS em fazer tal escolha. Vejamos em algumas proposições:Primeira Proposição - O que DEUS fez no caso de Esaú e Jacó não foi por acaso nem por capricho, Ele o fez, porque fazia parte do Seu maravilhoso plano e propósito, que é sempre efetuado por meio do princípio da eleição.
Segunda Proposição - A proposição fundamental é que DEUS leva a efeito o Seu grande propósito por meio deste processo de eleição.
Terceira Proposição - Veja o versículo 11: “E ainda não eram os gêmeos nascidos” – vejam que o elemento tempo é um fator vital do argumento de Paulo. Algumas coisas aconteceram com eles mesmos antes de terem nascidos. Antes de terem tido oportunidade de praticarem bem o mal, DEUS já havia escolhido Jacó.
Quarta Proposição – Mas por que DEUS fez isso? Por que amou a Jacó? Paulo diz: “para que...” - (v.11). Fez isso, para que seu plano fosse levado adiante. O propósito de DEUS é algo que é executado por meio deste processo de eleição.
O termo salvo é empregado nas Escrituras em três diferentes aspectos:- Salvos da culpa do pecado. Isso é algo que já aconteceu - Romanos 5.1: “Justificados pela fé temos paz com DEUS...”.Essa salvação está no passado. - Salvos do poder e da corrupção do pecado – Romanos 6.6,12-14: “reconhecendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que seja destruído o corpo do pecado, a fim de não servirmos mais ao pecado. Não reine, pois, o pecado no vosso corpo mortal para obedecerdes às suas concupiscências, nem ofereçais os vossos membros ao pecado como instrumentos de injustiça, mas oferecei-vos a DEUS, como ressuscitados dentre os mortos, e os vossos membros a DEUS como instrumentos de justiça, porque o pecado não terá domínio sobre vós; visto que não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça”.A nossa relação com o pecado não é apenas uma questão de culpa, é mais abrangente do que isso. O pecado de Adão afetou a própria natureza do homem. Por isso, o homem caído tem uma natureza corrompida, e está dominado pelo poder do pecado. O pecado nos tiraniza, por isso, temos que ser livres do poder e da corrupção do pecado. Precisamos ser salvos do efeito do pecado sobre a nossa própria constituição que macula todo nosso ser. É aqui que CRISTO no poder do Seu ESPÍRITO está nos purificando mediante a obra da cruz e a Palavra. - Salvos da presença do pecado – Romanos 8.23: “e não só ela, mas também nós, embora tenhamos as primícias do ESPÍRITO, gememos ainda em nós mesmos, aguardando a nossa adoção, isto é, a redenção do nosso corpo”.Aqui está em foco a nossa glorificação. Nesse aspecto seremos completamente libertos do pecado em todos os seus aspectos. É por causa do Sangue de CRISTO que fomos justificados diante de DEUS. Em Romanos 3.23, Paulo diz: “pois todos pecaram e carecem da glória de DEUS”. E em Romanos 5.8 e 9, Paulo prossegue dizendo: “Mas DEUS prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter CRISTO morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” Esse texto nos revela o quanto DEUS empenha Seu amor por nós.
ConclusãoUma coisa que todos nós que desejamos estudar sobre a soberania de DEUS, é que ela é Sua autoridade, Seu domínio e o governo absoluto sobre toda a realidade distinta Dele mesmo. Sua Soberania é absoluta, imutável e universal. Não podemos pensar em nada que seja menos que isso quando estudamos sobre esse grandioso tema.A.W. Pink, disse certa vez: “porque DEUS é DEUS, Ele faz o que Lhe agrada”. Em um comentário adicional da Bíblia de Genebra sobre Daniel 4.34,35, está assim “O domínio de DEUS é total: Ele determina como Ele mesmo escolhe e realiza tudo o que determina, e nada pode deter Seu propósito ou frustrar os Seus planos. Ele exerce o Seu governo no curso normal da vida, bem como nas mais extraordinárias intervenções ou milagres”. Portanto, a soberania de DEUS é universal. Ela se estende sobre toda a Sua criação; animada e inanimada — e da mais alta forma de criatura vivente até a mais baixa. No reino das criaturas vivas, DEUS em Sua soberania exerce poder sobre anjos, humanidade e animais inferiores. Tudo está sob Seu absoluto controle.Quando falamos da soberania absoluta de DEUS, falamos daquilo que é inerente ao Seu ser. A soberania de DEUS é absoluta. Sua autoridade é perfeita em seu governo; ela é exercida a partir da Sua infinita sabedoria, e é suprema na extensão de seu poder, glória e domínio. Nenhum limite pode, e nem será posto no lugar da Sua autoridade, do Seu poder ou do Seu controle soberano. No avanço de Seus propósitos e planos eternos, o SENHOR age como Lhe agrada com os habitantes dos céus e entre os moradores da terra. Nada em toda a criação é capaz de resistir à Sua poderosa vontade, ou frustrar os Seus desígnios — seja por meio de homens, super-homens, anjos, espíritos caídos ou maus, ou qualquer outra coisa. Nada, absolutamente nada poderá frustrar Seu propósito.


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